quinta-feira, 19 de março de 2015

HOJE É O DIA DE SÃO JOSÉ – MODELO DE HOMEM DO BEM, CARPINTEIRO DO ANONIMATO, ARTESÃO DO SILÊNCIO!

Por razões óbvias, uma das palavras cuja musical sonoridade mais sensibiliza as cordas da minha alma é, indubitavelmente, JOSÉ – em hebraico“Yoseph”, aquele que acrescenta - significa Deus acrescenta e indica uma pessoa sensível, confiante e generosa, que sofre com os problemas alheios. É muito conciliador e conserva o autocontrole mesmo nas piores situações.

O culto a São José, aniversariante de hoje, começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.

Em 1955 o Papa Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".

José, o pai de Jesus na Terra, tinha como profissão a carpintaria. Em seu livro "São José, a personificação do Pai", Leonardo Boff conta que o artesão, descendente de David, tinha a oficina no pátio da casa. E que ali, entre pregos, martelos, rolos de barbante e cunha, Jesus teria iniciado na vida profissional. “É dentro desse universo de trabalho, de mãos calosas, do suor no rosto, das canseiras cotidianas e do silêncio, que se desenrolou a vida anônima de José. Ele era um homem justo, como disse minha mãe”, diz o teólogo. E silencioso. São José não deixou uma palavra. “O silêncio é a essência de José e a de quem ele personifica: o Pai celeste”, diz Boff.

Na festa de hoje, celebremos São José meditando sobre as duas principais facetas da sua rica personalidade: o amor ao trabalho e o culto ao silêncio!

(Júnior Bonfim)

quarta-feira, 18 de março de 2015

A POESIA TAMBÉM ANIVERSARIA!

A poesia ganhou um dia – específico, honorífico – em homenagem ao maior poeta brasileiro de todas as luas: Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871). No dia de seu nascimento, 14 de março. Nada mais justo, merecido e feliz. Castro Alves reluz com destaque naquele monumento arquitetônico suspenso e invisível em que vislumbramos os nossos pássaros de asas mais formosas. É a nossa mais excelsa ave, o luminar e principal condor, a vanguardista águia imperial, a voz indelével dos trópicos.

Foi Castro Alves o autor do édito que determinou ser a praça um altar do povo; foi ele o sonoro surfista das espumas flutuantes; o alfaiate da Bandeira içada contra a infâmia e a covardia; o ensolarado capitão do navio negreiro; o ousado compositor da solene partitura da Liberdade. Os versos do vate baiano são sementes selecionadas em constante germinação nos mais diversos solos da nossa fértil Pátria. Sua poesia é uma coroa de esmeraldas construída com os louros do povo.

Nesses últimos tempos tenho me interrogado a respeito da aura que circunda a poesia. Fica difícil circunscrevê-la à régua e ao compasso dos conceitos.

Federico Garcia Lorca, convidado para falar sobre poesia, limitou-se a estender as duas mãos abertas e dizer: “Eu não posso, eu não sei falar sobre poesia. Eu a tenho aqui em minhas mãos. Sei que está queimando minha pele. Porém, não sei o que é”.

Depois, certamente em um lampejo de racionalidade, ponderou que “a poesia é a união de duas palavras que ninguém poderia supor que se juntariam, e que formam algo como um mistério”.

O que vem a ser esse cantante, encantado e encantador fenômeno? Opino que a poesia é uma flor perfumada de amanhãs; é um vento que sabe ser brisa, ventania, furacão ou tempestade no momento adequado; é pássaro que tem por missão cantar e por dever, a liberdade; é o horizonte misterioso que o homem busca beber; é a raiz colossal da profundidade humana.

Parece-me que Poesia é tudo aquilo que nos torna essencialmente mais humanos, nos aprofunda no humanismo ao ponto de nos aproximar do divino. A poesia é a divinização do humano.

Nessa esteira, o primeiro e maior poeta é Deus, que com seu sopro mágico desenhou o universo, a magnitude da natureza, a comunidade dos seres vivos. Nessa trilha, todos somos ou podemos ser poetas. Os que desenvolvem a arte de concatenar os fonemas musicais, as obras arquitetônicas das estrofes arrebatadoras nada mais são do que sonoros instrumentos que o Poeta original distinguiu com a missão de apontar, como guias abençoados, as trilhas de Orfeu. Por isso que o amazônico Thiago de Mello proclamou: “Não somos melhores nem piores. Somos iguais. Melhor é a nossa causa”.

Poeta é, pois, todo aquele que se dispõe a romper os grilhões dos formalismos estéreis, das convenções descabidas, dos debates inúteis, do cotidiano infrutífero, da pusilanimidade dominante.

Poeta é aquele que, em qualquer barco de sonho, ultrapassa as ondas da superfície e alcança o espaço tranqüilo das águas profundas do oceano da vida.

Gerardo Mello Mourão resumiu tudo: “É para preencher o vazio do espírito humano que serve um poeta com sua poesia.” Salve, pois, a poesia, pão d’alma de todo dia!

(Júnior Bonfim, crônica publicada na Gazeta do Centro Oeste e Revista Gente de Ação)


domingo, 15 de março de 2015

ORAÇÃO ROTÁRIA NO DIA DA POESIA


Senhor,  

Celebramos hoje o Dia Nacional da Poesia, em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, nascido na cidade de Curralinho (hoje Castro Alves), em 14 de março de 1847.   ]

Castro Alves foi indiscutivelmente um dos nossos mais alados condoreiros, brilhante poeta romântico, responsável por uma nova concepção de amor na Literatura, além de um notável entusiasmo pelos grandes temas sociais.  

Castro Alves cantou a Liberdade, a abolição da escravatura, o domínio do povo sobre a praça, a Bandeira como símbolo e emblema de luta contra a infâmia e a covardia.  

O amor à humanidade e a defesa entusiasmada das grandes causas humanas unem Castro Alves e o Rotary. E esses ideais superiores nada mais são do que a mensagem da bem-aventurança evangélica.  


Ajuda-nos, Senhor, a incorporar esse legado superior, relevar as fraquezas e focar a nossa ação na construção de grandezas.   Faz de cada um de nós cavaleiros dos bons propósitos, transmissores de uma cultura de paz e construtores da civilização do amor!