sexta-feira, 24 de setembro de 2010

MOCIDADE E PRIMAVERA


MEUS CAROS CESAR VALE E JUNIOR BONFIM – Saúde e Paz.

- Desde menino recebia pelos serviços prestados a minha Mãe, Donzinha Leitão Bonfim, essa bela moeda “Mocidade e Primavera”.

O serviço que eu prestava era movimentar a inesquecível máquina de costura, com a qual e pelo seu trabalho, alimentava a família, costureira que era de seu sobrinho alfaiate Leitão Bonfim Barros, bem como inesquecível Manoelinho Bonfim, meu tio, também antigo alfaiate em Crateús.

Passei cerca de 30 anos tentando resgatar esta maravilha de poesia, que ainda tanto me toca. Recentemente a encontrei no Google numa Antologia Brasileira, constando inclusive o nome do Autor. Tenho divulgado a mesma entre amigos de caserna e da POUPEX.

- Com a chegada da Primavera, e super motivado com a beleza de texto da Dalinha Catunda sobre as Cores da Primavera, tomei a iniciativa de brindar esse nobres amigos e baluartes construtores da Imprensa e da Cultura crateuenses.

Júnior, peço fazer chegar a Dalinha o texto da Igualdade Ilusória.

Abraços

Joatan Bonfim.



74. IGUALDADE ILUSÓRIA

(Termo popular: Mocidade e Primavera)

A primavera é uma estação florida,

Cheia de imenso, divinal fulgor;

De flores enche o coração da vida,

E enche de vida o coração da flor.


A mocidade é uma estação ditosa,

Cheia de risos, de ideal prazer;

E as almas sentem um viver de rosa,

Na mocidade, a rosa do viver.


Na primavera, há profusão de cores;

As flores brotam no rochedo bruto

Depois... o fruto que há de vir das flores,

E as novas flores que hão de vir do fruto.


Na mocidade, há melopéias calmas;

Tremem dos lábios os vermelhos frisos;

Os risos cantam no brotar das almas,

Cantam as almas no brotar dos risos.


Ambas se adornam de um viver risonho,

Iguais parecem – ambas são de amor

Se a mocidade faz nascer o sonho,

A primavera faz nascer a flor.


Tão iguais parecem quando a vida as solta,

E no entretanto, elas não são iguais:

A primavera passa e depois volta,

E a mocidade não nos volta mais.

Francisco de Paula Monteiro de Barros

Rio de Janeiro (1871 – 1915).


+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++


Olá Júnior,

Realmente o poema é de uma beleza impar e mereceu a busca e o resgate de Joatan.

Quero agradecê-lo pelo presente e com certeza vou salvar e guardar em meus arquivos.

Realmente a mocidade não volta, mas a cada primavera rebrotam os sonhos. E, quem sabe cultivar, sempre terá o que colher.

Meus agradecimentos a Joatan.

Um abraço,

Dalinha


Um comentário:

Dalinha Catunda disse...

Olá Júnior,

Realmente o poema é de uma beleza impar e mereceu o a busca e o resgate de Joatan.
Quero agradecê-lo pelo presente e com certeza vou salvar e guardar em meus arquivos.
Realmente a mocidade não volta, mas a cada primavera rebrotam os sonhos. E, quem sabe cultivar, sempre terá o que colher.
Meus agradecimentos a Juatam.
Um abraço,
Dalinha