sábado, 20 de junho de 2009

FLOR DE LIZ

UMA MÚSICA...

A HISTÓRIA...

Djavan teve uma mulher chamada Maria, os dois teriam uma filha que se chamaria Margarida, mas sua mulher teve um problema na hora do parto e ele teria que optar por sua mulher ou por sua filha...

Ele pediu ao médico que fizesse tudo que pudesse para salvar as duas, mas o destino foi duro e a mulher e a filha faleceram no parto.

Agora é possível 'sentir' a letra da música.

Conhecendo esta breve história passamos a ouvir a música sob novo contexto, entendendo como a dor pode ser transformada em poema e arte.

A LETRA


Valei-me, Deus! É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor, eu sei que o erro aconteceu.
Mas não sei o que fez, tudo mudar de vez.
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei.

Será talvez que a minha ilusão, foi dar meu coração,
com toda força, pra essa moça me fazer feliz,
e o destino não quis, me ver como raiz de uma flor de Liz.
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira.
Morto na beleza fria de Maria.

E o meu jardim da vida ressecou, morreu.
Do pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu.
E o meu jardim da vida ressecou, morreu.
Do pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu...

(Enviado por Gabriel Vale)



MENSAGEM



Aproveite cada momento da sua vida ao máximo...

...passe o maior tempo possível com as pessoas que você ama...

...torne estes momentos inesquecíveis.

Agora, ouça a música:



SOBRE A VÍRGULA



Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

1. Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.

Não espere.


2. Ela pode sumir com seu dinheiro.

23,4.

2,34.


3. Pode ser autoritária.

Aceito, obrigado.

Aceito obrigado.


4. Pode criar heróis.

Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.


5. E vilões.

Esse, juiz, é corrupto.

Esse juiz é corrupto..


6. Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.


7. A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.

Não, queremos saber.



Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais


SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


- Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.

- Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.



(Enviado por Gabriel Vale)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

OBSERVATÓRIO


Proprietário de um império de quase cem jornais, revistas, estações de rádio e televisão - os Diários Associados - e fundador do Museu de Arte de São Paulo - MASP, Assis Chateaubriand, ou apenas Chatô (como ficou imortalizado na obra de Fernando Morais), sempre atuou na política, nos negócios e nas artes de modo intenso e decisivo. Detentor de verdadeira compulsão empreendedora, tornou-se um dos brasileiros mais poderosos e controvertidos do século passado. Mais temido do que amado, sua complexa e muitas vezes divertida trajetória está associada de modo indissolúvel à vida cultural e política do país entre as décadas de 1910 e 1960. Mas antes e, sobretudo, era jornalista. Mesmo desfrutando da intimidade dos palácios governamentais, sempre resistiu quando a tesoura da censura quis alcançar as linotipos que comandava.


NOSSA LINHA I


Vez por outra, em que pese a leveza das postagens que fazemos, sentimos que opiniões esposadas nesta Coluna, causam incômodo aos que provisoriamente detém as rédeas do poder local. (Digo provisoriamente porque o poder é efêmero ou passageiro, malgrado alguns o pensarem eterno). E isso termina por desaguar no colo daquele que comanda o jornal: César Vale. Embora evite me revelar, sinto por intuição. No entanto, como todos os que fizeram história nessa seara, César sempre nos confortou com os auspícios da incondicional liberdade. Nunca uma vírgula – inclusive se posta fora do lugar – foi por ele alterada. Isso é um ato de grandeza que merece registro. Porque, via de regra, colunistas são pautados pelas direções de jornais. Outra é a linha aqui seguida. Por isso, vale à pena relembrar: as reflexões compartilhadas nesta moldura têm um único responsável, o seu subscritor.

NOSSA LINHA II

Permitam-me que confesse um segredo: desde quando comecei a rabiscar esse espaço, as matérias são enviadas sempre no último dia de fechamento da edição. Na maioria dos casos, o editor só as lê quando saem da gráfica, após a impressão. Isso apenas corrobora o que acabamos de registrar. Sucede que a nossa linha argumentativa sempre procurou seguir a mesma trilha de posicionamento: oposição com proposição. Sempre travamos o debate na arena das idéias; nunca deslizamos para o ringue pessoal. Ao invés de pessoas, atacamos projetos. Antes de nos deleitarmos com a rodovia pavimentada da crítica, esforçamo-nos para palmilhar a vereda íngreme do aconselhamento. E mais: as sílabas aqui dispostas sempre procuram passar ao largo da soda cáustica da destruição; são sempre ligadas pela argamassa da construção.

NOSSA LINHA III

Querem exemplos concretos? Quem está no poder sofre a tentação de se achar o inventor da roda, o princípio de tudo. É famosa a frase do Presidente Lula: “nunca na história deste País...” como se os outros nada tivessem feito. Ocorre que muitos frutos que ele colhe (como a estabilidade da moeda, o equilíbrio das contas públicas, os programas de transferência de renda etc) foram semeados por seus antecessores... Outro dia, o Prefeito anunciou, com estardalhaço característico desses momentos, que estava pavimentando todas as ruas do bairro Cidade 2000. Em verdade, o que sua gestão está fazendo é concluir, porque as ruas principais do bairro foram pavimentadas em gestões anteriores. Por isso que os antigos diziam que “cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém”...

NOSSA LINHA IV

Outro exemplo. Passando pelo bairro Campo Velho, à margem da CE que liga Crateús a Novo Oriente, há uma pequena escola pública municipal (de nome Furtado Leite) sendo reformada. À primeira vista, a medida soa simpática. Vê-se que a Administração está trabalhando. Sucede que, quando levantamos os olhos, divisamos que a alguns metros dali, encontra-se erigido um enorme e moderno complexo educacional formado pela escola Maria José Bezerra de Melo e pelo Liceu Manoel Mano, além de uma unidade de semi-liberdade para adolescentes. Pergunta-se: esta obra preenche os requisitos de urgência e necessidade? Ou seria mais recomendável investir no fortalecimento da ampla infra-estrutura já existente?


ACADEMIA I

Crateús viveu, no sábado passado, uma noite memorável de gáudio cultural. Em solenidade realizada no teatro Rosa Morais, foi realizada a liturgia sacramental de batizado da mais nova agremiação literária do País: a Academia de Letras de Crateús – ALC. Composto por vinte e dois acadêmicos, o Sodalício de Letras de Crateús nasce sob o influxo de emanações positivas e haverá de ser um dínamo fermentador da atividade literária local. A primeira Diretoria tem Elias de França como Presidente, este escriba como Vice, Ericson Fabrício como Secretário, Lourival Veras na Tesouraria e a Professora Maria da Conceição (Nêga) como Diretora de Relações Públicas. O Conselho Fiscal é composto por César Vale, Flávio Machado, Lucas Evangelista e Raimundinho Cândido. (Vide discurso na postagem abaixo).

ACADEMIA II

O que mais impactou o público presente – que, aliás, lotou as dependências do Teatro – foi a presença de duas figuras que, mesmo sob o peso dos anos, ainda revelam disposição para cultuar o belo. Reitores do saber e do espírito, Norberto Ferreira Filho (o Ferreirinha) e Rosa Ferreira de Morais comoveram a todos. O primeiro, pela própria altivez da presença; a segunda, pelo vigor com que ainda faz uso da palavra. Durante o coquetel de recepção na Casa de Cultura João Batista, levantou-se e, sem microfone, proferiu uma oração que deixou a todos enternecidos. Dentre outras lições, lembrou que os talentos são dádivas celestes – “a inteligência é dom de Deus” – e que devemos sempre utilizar os predicados da alma em favor do próximo e do bem-estar da humanidade.


PARA REFLETIR

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". (Fernando Pessoa)

(Por Júnior Bonfim - coluna publicada na edição de hoje no Jornal Gazeta do Centro-Oeste - Crateús, Ceará)

A MENTE MOVE A MATÉRIA


O mais célebre livro do poeta português Fernando Pessoa – o único que publicou em vida – é um feixe luminoso de 44 poemas. Na sua compleição original havia sido batizado de Portugal, o nome da pátria do poeta.


No entanto, como Portugal amargava sérios problemas, Pessoa, sob o influxo de conselhos de um amigo, resolve alterar o título do livro. E constrói a palavra “Mensagem” tendo como alicerce fundante a expressão latina Mens agitat molem, isto é, "A mente move a matéria", inspirado na famosa frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo.


E Fernando Pessoa começa a segunda parte do livro professando: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Ou seja, para a consecução de todo empreendimento há que se seguir essa trilha infalível: que o arquiteto da criação ceda o terreno, nele se lance a semente do desejo e, por fim, que se acompanhe a germinação.


O que hoje se opera é fruto dessa conjugação frutífera da vontade superior, do sonho cultivado e do ímpeto realizador. Por isso, indubitavelmente, a constituição da Academia de Letras de Crateús é um evento indelével, uma realização memorável, um feito histórico.


Tal qual o país que nos colonizou à época de Pessoa, a nossa pequena pátria afetiva, o município de Crateús, sofre sob o açoite das dificuldades de toda sorte, sobretudo pela sua própria condição geopolítica de encontrar-se encravado na mais dolorida região brasileira, o semi-árido nordestino.


Pois bem, nessa paisagem sacudida por gigantescas adversidades, estonteada por tantas frustrações políticas, castigada por intempéries, sob o rescaldo das tiranias econômicas, à margem do fulgor capitalista – muitos hão de questionar qual a razão de se implantar uma Academia de Letras?


A resposta vem da pena pioneira de um dos patronos da nossa Arcádia, Gerardo Mello Mourão: “Os filósofos, os poetas, os artistas, como a própria arte, não são fruto da civilização industrial. São mesmo, de um modo geral, os marginais dessa civilização e desse tipo de progresso, desse poder de produção de riqueza”.


É movido por essa crença de aço, consciente dessa assertiva irrefutável, que cada um de nós se dispôs a oferecer o seu quinhão de contribuição a essa causa.


Cremos na floração dos talentos secretos que a nossa terra possui, cremos nos valores humanos que ainda dormitam sob o albergue do anonimato, cremos que esta região precisa de uma incubadora cultural que possa acariciar os embriões dispersos por todos os quadrantes desse município e lhes ofereça o único lenitivo que necessitam: o estímulo vital, o fermento biológico, o recanto para produzir, o púlpito para subir, o palco para brilhar.


Todos os sócios fundadores da Academia de Letras de Crateús – ALC - estamos algemados pela mesma corrente libertária: une-nos a convicção de que a mente move a matéria, o ser se sobrepõe ao ter. Curvamo-nos aos ditames da consciência. Proclamamos a supremacia da virtude, o reinado da inteligência.


Como as amplas casas que sediavam as nossas antigas fazendas e abrigavam numerosas famílias, esta Academia nasce sob o signo imperscrutável da amplidão, está marcada pelo ferro generoso do ecletismo e exibe no frontispício o magnético talismã da pluralidade. Abriga a erudição de um Geraldinho, de um César Vale, de um Elias de França, de um Lourival Veras e de um Carlos Bonfim; recepciona o lampejo cientifico do doutor Arteiro Goiano e dos Professores Luis Carlos e Adriana Calaça; areja-se sob a brisa poética de um Raimundinho Cândido, da doutora Silvia Melo, do animador cultural Edilson Macedo, da mestra Maria da Conceição (Nega), da juventude criativa de uma Isis Celiane e de um Ericson Fabrício; reacende a fogueira da história sob a ação de memorialistas como Flávio Machado, Vera Lúcia Teixeira e Norberto Ferreira Filho (o venerando Ferreirinha); se deixa embalar pela musicalidade de letristas como Aldo dos Santos e Edmilson Providencia; e se faz caudatária da expertise da melhor cepa da literatura popular aqui representada pelo cordelista Carlos Leite, pelo cancioneiro consagrado Lucas Evangelista e pelo patativiano poeta Dideus Sales.


Na nossa trilha existencial, marcada invariavelmente pelos percalços da trivialidade, às vezes nos deparamos com o desafio de fazer História. É o que estamos a realizar hoje. Sob o testemunho singular de cada um dos presentes, em especial dessa sacerdotisa do ensino que emprestou seu nome para este templo à cultura, a jovial octogenária Professora Rosa Morais, estamos erigindo um monumento à imortalidade. Estamos formalizando nesta data, dia de Santo Antonio, o Santo do matrimônio, uma aliança definitiva entre a nossa geração e as gerações vindouras.


A mente move a matéria!


Com a autorização do editor do livro da Criação, demos vazão ao impulso do sonho e a obra nasceu: Viva a Academia de Letras de Crateús!


(Por Júnior Bonfim - Discurso proferido por ocasião da Solenidade de Instalação da Academia de Letras de Crateús, no Teatro Rosa Morais, em 13 de junho de 2009).

terça-feira, 16 de junho de 2009

SAUDAÇÃO AMLEF


Caro amigo Júnior Bonfim,

Receba meus mais calorosos parabéns pela brilhante saudação proferida hoje na Academia Cearense de Letras, por ocasião da posse dos novos confrades.

Você fez com que todos os companheiros se orgulhassem de pertencer à AMLEF e, aos visitantes, fez ver com mais respeito a nossa "nova" Academia.

Quero registrar o meu agradecimento e o reconhecimento de todos os companheiros que se deleitaram com a sua esmerada apresentação. Nem todos os que são incumbidos de tarefa de tamanha importância têm a responsabilidade e a competência de fazê-lo, com a consciência do papel que vão desempenhar.

Hoje, a AMLEF já não é a mesma. Passou a ser mais admirada e respeitada.

Eu não me surpreendi com a qualidade de sua apresentação, pois já conhecia o seu estilo, quando me deparei com "os amores" e ouvi "os clamores da cidade".

Não é sem razão que o poeta e escritor Dideus Sales confessa ter ficado impressionado com a desenvoltura de seu discurso, dirigido a platéia superior a cinco mil pessoas, que "acompanhava enlevada a cachoeira de frases muito bem metaforizadas e ricas em sintaxe."

Por força da correnteza de pensamentos e idéias que vêm se avolumando e enriquecendo e consolidando a sua formação cultural ao longo do tempo, essa cachoeira inundou os corações de quantos tiveram a felicidade de comparecer à Sessão Solene desta tarde - noite, onde o nome de nossa Arcádia passou a ser escrito com letra maiúscula.

Hoje, mais do que em qualquer outro dia, sinto-me feliz por ter ingressado nessa que, com certeza, em futuro muito próximo, será uma grande Academia, a nossa AMLEF.

Parabéns companheiro. Continue escrevendo.

Abraço fraternal do amigo

Seridião Montenegro


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Estimados e nobres Presidente Anizio e companheiros da nossa Academia, parabenizamos a todos pela bonita festa de ontem de nossa posse, ao lado dos companheiros Lossio, Roberto e Assis Almeida.

Registramos com satisfação a impecavel organização da reunião, graças à competencia e dedicação do presidente Anizio.

Registramos também a beleza e profundidade dos discursos dos oradores Junior Bonfim, Lossio e Bosco.

Parabens a todos, a nossa Academia deu uma magnifica demonstração de vitalidade
com as muitas presenças dos companheiros sócios e com a significativa presença dos convidados.

Parabens e vamos em frente, cordial abraço a todos,

Aristides Braga

DISCURSO - ACADEMIA METROPOLITANA DE LETRAS DE FORTALEZA




AUTORIDADES QUE COMPÕEM A MESA,
SENHORAS E SENHORES:

BOA NOITE!

Antes do mais, permitam-me que comece essa fala com a alma genuflexa e o coração agradecido. Gratia plena ao que escreveu o Livro da Criação e nos revelou que “no princípio era o verbo e o verbo se fez carne”.

Cativado pela deferência do convite – primeiro do Presidente, depois do conjunto dos integrantes do nosso Sodalício – para pronunciar neste momento as sílabas ternas ou as palavras efusivas de saudação aos que estão a prestar juramento aos nossos Estatutos, jamais poderia me escusar ao chamamento.

A celebração de hoje representa um congraçamento mágico, o coroamento litúrgico, a mística culminância de uma confluência auspiciosa, plena de eventos carregados de significações.

Nossa Academia renova aqui o rito sacramental originário, asperge outra vez a água benta da pia batismal, ingressa definitivamente no território da maturidade e ascende serenamente aos píncaros da completude.

O que poderia ser um imperativo legal, para nós veio a ser um indelével movimento pascal: ao invés de AMLECE (ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DO ESTADO DO CEARÁ) agora somos AMLEF (ACADEMIA METROPOLITANA DE LETRAS DE FORTALEZA). Na dialética transcendental do nome, estamos sepultando qualquer erupção de rivalidade e estimulando o entrelaçamento definitivo entre as agremiações literárias locais. Aliás, como bem lembra Robert Graves, “outrora a poesia fora um alerta ao homem de que deveria viver em harmonia com todos os seres viventes que o circundam, por obediência à dona da casa que é a Deusa Branca”.

O memorável ato desta noite marca também o anúncio do nosso novo habitat. Este Palácio da Luz, cujas paredes guardam a argamassa que solidificou formosas edificações à cultura e ainda exalam o bálsamo imorredouro da paixão literária, é também o espaço onde destarte nos reuniremos para tecer o bordado das nossas bandeiras de ação. Sobre este piso sagrado, templo maior das escrituras cearenses, haveremos de prestar reverência e cultuar as sete filhas de Zeus. À Academia Cearense de Letras que, como uma matriarca generosa, abre o seu colo para acolher a caçula das Academias, o nosso respeitoso agradecimento.

Logo mais, haverá de sentar à cadeira de Vice-Presidente o valoroso, o sensível, o agregador colega Seridião Montenegro. Ombreado com o Presidente Anízio Araújo, fortalecerá nossa caminhada progressista e evolucionista.

Na seqüência, Marcos José da Silva, um carioca de fulgurante inteligência e tocante sinceridade, de extrema lhaneza e contagiante humildade, que está à frente da maior potência maçônica da América Latina, terá o seu nome inscrito no nosso frontispício de honra.

A tudo isso se soma o ingresso de quatro novos acadêmicos:

Francisco de Assis Almeida Filho, um engenheiro eletricista que se deixou energizar pelo engenho fantástico da sedutora seara mercadológica da produção livresca, ocupará a cadeira 13, do menestrel Jáder de Carvalho, em cujas veias deslizavam o sangue telúrico do cearense e a água inteligente do Rio Jaguaribe. Socializador de histórias interessantes, preside a Associação Cearense de Escritores. Parafraseando Guevara, Assis Almeida descobriu na sua Premius que “hay que empreender pero si perder el amor por los libros jamás”;

José Aristides Braga, economista de formação, professor por convicção, orador por paixão, desenvolto maratonista do calçadão da iniciativa privada, traz para o nosso convívio a sua reluzente insígnia de bibliófilo. Sentará na cadeira 33, cujo padroeiro é o seu primo Antonio Tabosa Braga, ou Monsenhor Tabosa, que dá nome a uma das mais destacadas avenidas desta urbe.

Roberto Feijó Ribeiro de Sousa, intelectual engajado, jornalista de escol, perscrutador incansável de minas biográficas, colecionador de pedras preciosas da toponímia e da antroponímia, acumulou invejável patrimônio cultural que agora coloca à disposição da nossa sociedade literária. Sentado na cadeira 31, de Antonio Bezerra de Menezes, fundador do Instituto do Ceará, haverá de enternecer nossas Madrugadas de Lixo e Luxo;

Júlio Jorge Albuquerque Lóssio, doutor em odontologia pela USP, cavaleiro andante dos prados Rotarianos, estudioso que carrega no alforje quase duas centenas de trabalhos publicados em Congressos e Simpósios. Na cadeira 38 do nosso grêmio, confeccionada com a madeira da sua própria vegetação genealógica, receberá a emanação invisível, os fluídos paternais do grande Ailton Gondim Lóssio.

Cruzamo-nos num instante em que o planeta se vê diante de uma verdadeira encruzilhada, em que é necessário encetarmos uma cruzada.

Nestes tempos paradoxais - que alternam simultaneamente momentos de límpidos horizontes e céus nebulosos, em que emparelhado com uma aura de aparente prosperidade desce um raio de imensurável crise – o que nos toca buscar?

Há que se extrair o óleo fino e aromático da árvore vital, recolher a seiva especial das coisas, apalpar a raiz fundamental de tudo. Eis o que, possivelmente, todos deveríamos fazer: colocar na ribalta as lições que essa quadra de inquietação reflexiva nos oferece.

Penso que, por sobre essa instabilidade financeira que atormenta os coletivos humanos de todos os matizes, palpita um desassossego civilizacional alimentado por razões muito mais profundas, cujas luzes só emergirão se nos dispusermos a ver o essencial. Este, à Saint Exupéry, só vemos bem com o coração.

Como abrir, então, as pálpebras delicadas do núcleo que comanda a consciência, sedia os sentimentos e produz as emoções?

A vereda a ser palmilhada, penso, é a do resgate do essencial. O essencial é que, amantes das letras ou cultores da oralidade, todos precisamos oferecer nosso modesto contributo ao redesenho humano do planeta, à exaltação das virtudes, ao exercício da coerência, à cultura de paz.

No nosso caso, vem de além-mar o ensinamento de que o orador e o escritor estão unidos pelo mesmo fio desafiador: alimentar o laço matrimonial entre prédica e prática, entre a palavra gerada (seja ela escrita ou falada) e a ação desencadeada. Sobre a arte da oratória, o romano Cícero pregava que “o orador perfeito seria o homem perfeito”. No que tange à colméia da escrita, os franceses, por sua vez, patentearam que “bem escreve quem bem pensa”.

Demais disso, avisamos: ao gosto de Thiago de Mello, "Não somos melhores nem piores. Somos iguais. Melhor é a nossa causa."

Fiquem certos que, antes de tudo, compomos uma família, pois somos amigos. Shakespeare foi feliz quando lembrou que “o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher”.

Sejam bem vindos, amigos do peito, irmãos da alma!

Adentrai, companheiros de sonho!

Vinde para, de mãos conjugadas, compartilharmos o pão da fraternidade, brindarmos o vinho da poesia, nos rendermos aos encantos de um bom conto, tecermos loas à liberdade, sorvermos o manjar da boa prosa e cedermos aos movimentos dos nossos corações.


Obrigado!

(Discurso proferido por Júnior Bonfim em Sessão Solene da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, ocorrida em 15 de junho de 2009, no Palácio da Luz, sede da Academia Cearense de Letras).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

CONVITE

REVISTA ISTOÉ - PRESIDENTE DO STF DIZ QUE ESTÁ NO MEIO DE UM TIROTEIO IDEOLÓGICO POR CONTRARIAR INTERESSES



Depois do polêmico bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa em abril, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, recebeu o apoio de boa parte de seus colegas. Mas tem sido alvo de abaixo-assinados na internet e enfrenta protestos contra sua permanência à frente do STF, algo inédito na história do Judiciário. Na quarta-feira 3, ele foi vaiado por estudantes após audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Em entrevista à ISTOÉ, Gilmar afirmou que ficou no meio de um tiroteio ideológico, desde o momento em que concedeu dois habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas. "Evidente que é um movimento organizado. Muito provavelmente, até remunerado. Em geral, imprimem panfletos. Mas isso não me cabe questionar", diz. "No caso Daniel Dantas, como havia uma luta política e comercial, há interesses contrariados, obviamente." Para Gilmar, a maior exposição do STF torna as pessoas que o integram mais expostas, mais suscetíveis a eventuais ataques. Mas ressalta que a autoridade da mais alta corte do País "é inequívoca". Quanto à sugestão de Barbosa para que Gilmar "ouça mais as ruas", o presidente do STF rebate: "Isso serve para encobrir déficits intelectuais."

ISTOÉ - Existe um descompasso, hoje, entre a opinião pública e o Poder Judiciário? Seria o caso de ouvir as ruas?

Gilmar Mendes - O embate que surge nesse tipo de colocação é saber se no combate à impunidade nós deveríamos fazer concessões no que diz respeito à observância dos direitos e garantias individuais. Entendo que a questão não está à disposição do julgador. A Constituição não deixa esse espaço. Combate à impunidade? Sim. Combate ao crime organizado? Sim. Mas dentro dos paradigmas do Estado de Direito. Se formos consultar a chamada opinião pública, vamos ter que saber como se faz a consulta. É a minha opinião pública, é a sua opinião pública? É a opinião pública de que grupo? É a minha rua? É a sua rua? É a rua de quem? É o ibope do bar? Do Baixo Leblon?

ISTOÉ - O País caminharia, então, para um outro tipo de Justiça?

Gilmar - Exatamente, Justiça plebiscitária. Tenho a impressão de que essa discussão escamoteia, na verdade, déficits argumentativos e serve de álibi para fundamentar tudo. A Justiça nazista era assim. Decidia em nome do interesse do Reich, ou de interesses "mais elevados". Isso não tem nenhum cabimento.

ISTOÉ - Como o sr. vê as manifestações contra a sua presença no STF?

Gilmar - Evidente que é um movimento organizado. Muito provavelmente, até remunerado. Em geral, imprimem panfletos. Mas não me cabe questionar isso. Tenho inúmeras manifestações de apoio em todos os setores, nunca tive nenhuma dificuldade de andar pelas ruas.

ISTOÉ - As pessoas parecem acreditar que podem influenciar o STF.

Gilmar - Isto é uma bobagem. O tribunal nunca seguiu esse tipo de toada. Quando, por exemplo, no início da ditadura, houve as violências mais marcantes contra governadores, foi o STF que deu liminar em habeas corpus. Nas fases por que passamos hoje, especialmente a partir de 2003, 2004, com a nova ênfase das ações policiais, foi aqui que as pessoas encontraram abrigo. Nas operações Anaconda, Navalha e outras, com ataques inclusive à magistratura, foi aqui que as pessoas encontraram salvaguarda. Mas no caso Daniel Dantas, como havia uma luta política e comercial, há interesses contrariados, obviamente.

ISTOÉ - As pressões surgiram em função do caso Daniel Dantas?

Gilmar - Com certeza. É fundamentalmente em função desse caso, que teve duas decisões liminares concedidas por mim, referendadas pelo plenário, por nove votos a um.

ISTOÉ - Os críticos dizem que o STF agiu como juiz de primeira instância.

Gilmar - Esta é outra lenda urbana. É uma mentira deslavada. O caso tinha passado por todas as instâncias, pelo juiz de primeiro grau, tinha passado pelo Tribunal Regional Federal, pelo STJ e estava aqui com o ministro Ayres Britto. Quanto ao segundo habeascorpus, o tribunal considerou que era descumprimento do primeiro.

ISTOÉ - A Constituição determina que se fique em liberdade até que o processo transite em julgado. Mas alguns casos geram clamor público e deixam uma sensação de impunidade.

Gilmar - No Brasil temos hoje cerca de 480 mil presos, dos quais um número elevado, talvez de 50% a 60%, é de presos provisórios e outros já com sentenças definitivas. É um índice elevadíssimo, se considerados os índices mundiais de população carcerária em relação ao número de habitantes. Não mostra uma Justiça leniente quanto às prisões. O tribunal admite, mesmo depois de uma sentença de primeiro, de segundo grau, que se determine a prisão, mas com os fundamentos da prisão preventiva, quer dizer, o risco de fugir e a preservação da ordem pública. Mas há que exigir a fundamentação para a prisão. Não pode ser automática.

ISTOÉ - Muita gente diz que o STF, em cento e tantos anos, nunca condenou um parlamentar.

Gilmar - Não é verdade. No passado, vamos encontrar pessoas que foram condenadas ou absolvidas. Mas, especialmente após a Constituição de 1988, os processos estavam parados. Esses processos só retomaram o seu curso normal a partir de 2002, 2003. Então, esse discurso é falso. Estamos cheios de lenda urbana, porque estamos no meio de uma luta política em que, mesmo pessoas sem formação jurídica, às vezes de formação jurídica não suficiente, transformaram-se em lutadores.

ISTOÉ - Como assim?

Gilmar - São gladiadores da opinião pública. Repito: essa tese de a Justiça "ouvir as ruas" (defendida por seu desafeto, ministro Joaquim Barbosa) serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista.

ISTOÉ - Quando o sr. fala em luta política, parece que há duas visões no STF.

Gilmar - Não vou falar sobre isso.

ISTOÉ - Mas há, no STF, duas concepções diferentes do direito?

Gilmar - O resultado dos julgamentos do STF está espelhado nas suas decisões, nos acórdãos, isso é inequívoco. Agora, creio que o foro privilegiado, o foro por prerrogativas de função, como nós o chamamos, tem cumprido função importante, até mesmo no que concerne à governabilidade. Dentro do conceito de criminalização da atividade política, se não tivesse foro privilegiado, certamente o presidente Lula não passaria por uma cidade sem ter que depor ao Ministério Público ou à polícia. É isso que se quer?

ISTOÉ - Por que a opinião pública tem a sensação de impunidade?

Gilmar - Quanto ao modelo especialmente de defesa, temos uma sociedade com muitas desigualdades, em que a defesa é paga. E pessoas que dispõem de advogados têm melhores condições. As outras dependem de defensorias públicas. Até há pouco tempo uma boa parte dos Estados nem sequer tinha essas defensorias.

Nós temos nos engajado inclusive no sentido de estimularmos as defensorias públicas, a advocacia voluntária. Porém, se olharmos numa outra perspectiva, certamente o serviço de saúde das pessoas aquinhoadas é melhor do que o serviço de saúde das pessoas sem recursos. O que vale também para o serviço escolar. Sem dúvida, a maior parte da população presa é analfabeta e pobre.

ISTOÉ - O que o sr. sente quando visita os presídios e vê a maioria pobre e analfabeta?

Gilmar - Essa é uma realidade.

ISTOÉ - O sr. não se sente frustrado, sem condições de mudar essa realidade?

Gilmar - Esse não é um problema que me cabe resolver. Essa questão tem que ser resolvida pelas instâncias apropriadas. O que estamos fazendo, menos até como presidente do Supremo, mais como presidente do Conselho Nacional de Justiça, é a adequada revisão das penas impostas. É preciso saber se as pessoas estão cumprindo a pena devida. Nessa área, por exemplo, não tem ninguém para me dar lição. Sou eu que tenho liderado, via CNJ, o processo de mutirão carcerário em todo o País. Antes, ninguém tinha feito isto.

ISTOÉ - Quais as medidas do CNJ?

Gilmar - Estamos incentivando a instalação das varas de execução criminal virtuais, para que haja controle e não haja esse quadro vergonhoso de encontrarmos pessoas que já cumpriram a pena duas vezes. Estamos discutindo a prisão provisória, exigindo que o juiz faça verificação do tempo de prisão, a cada três meses.

ISTOÉ - Como presidente do CNJ, o sr. pediu a suspensão da construção da sede do TRF1. Estava muito cara?

Gilmar - Nós estamos arrostando todas estas questões, as obras, a contratação de servidores e o aumento de quadros. Abrimos uma caixa de Pandora. Estamos discutindo todos os temas com grande abertura e honestidade.

ISTOÉ - Qual o problema mais grave da Justiça brasileira?

Gilmar - Talvez o maior problema hoje seja de fato a morosidade, mas decorrente em grande parte do excesso de demanda. Nós falamos de números de processos extremamente elevados, cerca de 70 milhões de processos no ano passado. Isso significa praticamente um processo para cada três habitantes.

ISTOÉ - Mesmo assim, a Justiça está ficando mais célere?

Gilmar - Tenho a impressão que sim. É claro que nós temos muitos desafios. Na medida em que temos êxito no conhecimento, na expansão das nossas atividades, nós atraímos mais processos. Em alguns casos eu até usei a expressão: "a gente é tão exitoso em determinadas áreas que acaba produzindo fracasso".

É o que eu chamo de "fracasso do sucesso", como já aconteceu no Juizado Especial Federal, que começou com um número pequeno de causas e teve uma expansão brutal de causas exatamente porque as pessoas perceberam que ali se obtinha uma decisão mais rápida.

ISTOÉ - Quando deve ser o julgamento do ex-ministro Antônio Palocci?

Gilmar - Talvez no final deste mês ou no início do mês de agosto.

ISTOÉ - As polêmicas recentes que envolveram o STF não afetam a imagem da mais alta corte do País?

Gilmar - Tenho a impressão que não. É claro que a maior exposição do tribunal chama a atenção e torna o tribunal e também as pessoas que o integram mais expostas, mais suscetíveis a ataques. Então é natural que isso ocorra. Mas é notório que, se nós hoje olharmos a autoridade do tribunal, ela é inequívoca. E certamente o tribunal não tem uma classificação depreciativa, se tivermos em conta os demais poderes.

ISTOÉ - A ideia de alguns ministros de limitar a transmissão das sessões do STF pela televisão pode prosperar?

Gilmar - Não acredito. Sempre que há algum incidente, e já tivemos alguns, vem essa colocação. Não acredito que essa ideia venha a frutificar ou que tenha maioria no âmbito do tribunal. Na realidade, a TV Justiça é hoje um símbolo da própria transparência do STF, que vem inclusive sendo imitada.

ISTOÉ - O sr. acha que poderia haver um outro sistema para escolher os ministros do STF?

Gilmar - Sempre há possibilidade de aperfeiçoar modelos. Eu tenho a impressão de que esse modelo que praticamos parece ter consistência. Se for introduzido o mandato, por exemplo, nós teremos o problema da renovação contínua da corte. Se abrirmos para uma escolha pelas casas legislativas, haverá o risco da politização excessiva e até mesmo de partidarização. Se abrirmos para a participação de organizações corporativas, teremos o risco da sindicalização das escolhas. É preciso estar atento.



Fonte: Revista IstoÉ

domingo, 14 de junho de 2009

SOBRE A ACADEMIA DE LETRAS DE CRATEÚS

Dr. Júnior Bonfim:

Crateús está de parabéns com a inauguração de sua Academia de Letras.

Já era tempo, e ela chegou em boa hora.

Que essa iniciativa possa germinar e produzir os frutos de uma colheita de amor e apego às letras e artes na minha querida cidade de Crateús.

Em homenagem transcrevo o discurso de Machado de Assis, pronunciado em 1897, quando da inauguração da Academia Brasileira de Letras e investimento deste no cargo de Presidente daquela academia.

Gabriel Aguiar Vale






Discurso de Inauguração da Academia (20/07/1897)

DISCURSO DE MACHADO DE ASSIS


Pronunciado na sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras em 20 de julho de 1897, ao empossar-se Presidente.


SENHORES,

Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora, que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.

Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova, naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige, não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.


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Júnior

Crateús está de parabéns por este importante passo a caminho da cultura.

A Academia de Letras de Crateús é mais uma porta que se abre para abrigar o saber neste sertão nordestino.

A fartura de talentos que brota neste chão, merece ter um espaço que abrigue dignamente a cultura do lugar.

Aqui fico esperando a divulgação do quadro acadêmico com seus patronos.

Dalinha Catunda