sábado, 21 de março de 2009

AYRTON SENNA



Ele foi, indubitavelmente, o piloto que mais marcou as pistas dos corações brasileiros. Usando as cores do Brasil no capacete, Ayrton Senna da Silva - que nasceu no dia 21 de março de 1960, em São Paulo – cativou a todos. Era uma explosão de encanto, um champanhe de esperança que se abria aos domingos e fazia a nação rasgar o manto de desencanto que a cobria naquele momento histórico.

No ano de 1983, Senna correu uma prova inteira de Fórmula 3 na Inglaterra com o carro sem freios. Os mecânicos, a princípio, não acreditaram, mas ao verificar as pastilhas viram que elas estavam geladas.

O circuito inglês de Silverstone, onde ele venceu nove provas seguidas na Fórmula 3, foi apelidado de Silvastone, numa referência ao sobrenome Silva do piloto brasileiro.

Na primeira temporada de Fórmula 1, em 1984, pilotando uma irregular Toleman, Senna ficou em segundo lugar no GP de Mônaco, atrás de Alain Prost, da McLaren. Chegou a ultrapassar Prost, mas o diretor da prova - o ex-piloto belga Jacky Ickx - alegou que a havia interrompido antes por causa da chuva.

Ao vencer pela primeira vez no GP de Mônaco, em 1987, Ayrton Senna não conseguiu conter sua euforia. Acabou dando um banho de champanhe nos vestidos de milhares de dólares das princesas Stéphanie e Caroline, e no impecável terno cinza do príncipe Rainer.

No dia 19 de julho de 1995, a placa de bronze do túmulo de Ayrton Senna, no cemitério do Morumbi, em São Paulo, foi roubada. Ela trazia a inscrição: "Nada pode me separar do amor de Deus". Já no dia seguinte uma nova placa foi colocada em seu lugar.

Ayrton Senna estava na pole-position e precisava do primeiro lugar no GP do Japão para conquistar o título de 1988. Mas, logo na largada, ele confundiu as marchas e caiu para 16º lugar. Começou, então, a maior atuação do piloto na F1. Debaixo de chuva e num ritmo alucinante, Senna foi ultrapassando seus adversários. Até deixar o principal concorrente, Alain Prost, para trás. Era a vitória, o título e a consagração de um novo mito.

No dia 01 de maio de 1994, Senna liderava a prova no circuito de Ímola, na Itália, quando saiu da pista na curva Tamburello e bateu no muro de proteção a 300 km/h. Foi socorrido na pista. Quando a equipe médica chegou, porém, o piloto já estava em coma.

No dia 4 de maio daquele ano, seu corpo chegou ao Brasil. Consternada, a população de São Paulo assistiu ao cortejo fúnebre que foi do aeroporto à Assembléia Legislativa. Coberto com uma bandeira do Brasil, o corpo do campeão foi velado por milhares de pessoas, recebendo honras de Chefe de Estado. Em dez anos de Fórmula 1, Ayrton Senna disputou 161 corridas, venceu 41 e conquistou 62 pole positions (primeira posição de largada). O impacto de sua morte ainda hoje entristece os brasileiros.

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